domingo, 7 de abril de 2013

EXPANSÃO PORTUGUESA




 A expansão marítima portuguesa



Portugal surgiu como país durante a luta dos cristãos para reconquistar as terras perdi­das para os árabes na península Ibérica. Du­rante essa luta, conhecida como Reconquista Cristã, o nobre guerreiro Henrique de Borgonha conseguiu diversas vitórias e, como recom­pensa, recebeu a posse do Condado Portuca­lense.
Com a morte de Henrique de Borgonha, seu filho e herdeiro, Afonso Henriques, con­tinuou a luta contra os árabes. Depois de vencê-los na batalha de Ouriques, em 1139, proclamou a independência do Condado Portu­calense, que passou a se chamar, então, Reino de Portugal. Afonso Henriques sagrou-se rei, o primeiro de Portugal, dando início à dinastia de Borgonha (1139-1383).
Durante a dinastia de Borgonha, Portugal conquistou o Algarve, completando a formação de seu território. Gradativamente, Portugal dei­xou de ser um país essencialmente agrícola, passando a praticar também intensa atividade marítima e comercial. Essa mudança ocorreu devido ao fato de que, aos poucos, desenvolveram-se no litoral português a pesca e o lucrativo comércio de sardinha, atum e bacalhau. Com isso, as cida­des litorâneas portuguesas como Porto, Setú­bal e Lisboa cresceram e enriqueceram.
A partir do século XIV, um fato novo con­tribuiu para aumentar ainda mais o brilho co­mercial dessas cidades: tornaram-se parada obrigatória dos navios italianos que vinham do Mediterrâneo abarrotados de especiarias e se dirigiam para a região de Flandres, no norte da Europa. Como importantes entrepostos comer­ciais, essas cidades cresceram e passaram a abrigar um número cada vez maior de pessoas dedicadas ao comércio, às finanças e à cons­trução naval.

Razões do pioneirismo português


Portugal foi o primeiro país europeu a se lançar às Grandes Navegações. E o pioneiris­mo português deveu-se, principalmente, ao fa­to de que Portugal foi o primeiro Estado moder­no da Europa. Isto é, o primeiro país europeu a centralizar o poder nas mãos de um rei.
Um acontecimento que muito contribuiu para isso foi a Revolução de Avis (1383-1385), quando a burguesia portuguesa, apoiada pelas populações humildes do campo e das cidades, pegou em armas para evitar que Portugal fosse anexado ao Reino de Castela, e perdesse a sua independência.
Vencendo a Revolução de Avis, a burgue­sia colocou no trono D. João l (o primeiro da dinastia de Avis), um rei disposto a se associar a ela a fim de promover a expansão marítima e comercial portuguesa. Os que o sucederam continuaram a praticar a política de incentivo ao comércio e à navegação, fortalecendo a aliança entre o Estado português e os mercadores.
Contribuiu também para o pioneirismo português o fato de que, no século XV, Portugal era um país sem guerras e, ao mesmo tempo, empenhado em desenvolver e sistematizar téc­nicas e conhecimentos necessários à navega­ção em alto-mar.

 Bibliografia: www.suapesquisa.com


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